segunda-feira, 28 de maio de 2012

Cultura

Pequenos negócios, GRANDES cidades!
O sonho de uma vida melhor é alimentado por muitos moradores de comunidades carentes, que veem nos pequenos negócios uma oportunidade de realizá-lo

A cidade da Estrutural deixou de ser pequena há muito tempo: hoje são mais de 45 mil habitantes que lutam diariamente por uma vida melhor. E dentre os meios utilizados para se alcançar melhorias individuais e coletivas, destacam-se os pequenos negócios. Padarias, mercadinhos, bazares e feiras ao ar livre são alguns dos exemplos que enchem a cidade de história sobre iniciativa e empreendedorismo. Dentre os exemplos de sucesso, destaca-se um que une projeto social e desenvolvimento econômico da cidade: a associação “Mãos que Criam”.

A gerente geral da associação, Sônia Maria Mendes, conta que o projeto auxilia mais de 300 mulheres na geração de renda e na profissionalização, que abrange artesanatos variados, design de moda, corte e costura. Criada oficialmente em 2002, a “Mãos que Criam” já é famosa por figurar em eventos de moda da capital brasileira, como o Capital Fashion Week e o Brasília Fashion Festival. “O foco aqui é a capacitação profissional de mulheres em situações vulneráveis, como método de ocupação e geração de renda para elas e para as famílias”, explica Sônia Mendes.
Glamour na passarela! - Desfile realizado pela
associação em 2009, com a consultoria
do estilista Ronaldo Fraga.
 Foto: Sandro Araujo
Investimentos de fora: mais que um apoio, um fator determinante 
“Lutamos muito pra conseguir tudo o que temos hoje”, relembra a gerente da associação, ressaltando também a dificuldade que teve em conseguir o apoio de colaboradores e investidores. “A boa vontade e a determinação das associadas não é suficiente. Tem de haver investimentos por parte de colaboradores públicos e privados”, afirma Sônia Mendes.

Já Iralice Oliveira Ferreira, coordenadora do projeto desenvolvido pela associação, afirma que o apoio institucional/governamental foi determinante para o sucesso do trabalho. “Aqui na cidade temos projetos que, por falta de apoio, não conseguiram se firmar”, comenta Iralice, lembrando também que a Petrobrás é a patrocinadora oficial da instituição desde 2007.

Num diálogo agradável, Iralice, Sônia e algumas artesãs contam história de como a associação mudou a vida das pessoas da cidade, não apenas pela oportunidade de aprendizado, mas principalmente pelo senso de pertencimento e valorização do indivíduo. As associadas manifestam o desejo de verem outros projetos na localidade conseguirem se firmar, e comentam que empresas privadas ‘de fora’ deveriam investir mais na cidade.

Com uma ampla cartela de clientes, a “Mãos que Criam” faz exposições, feiras e recebe encomendas. “Você pode nem saber, mas com certeza já comprou um produto que teve o toque das meninas da associação!”, descontrai Iralice. Lembrando que os frutos do trabalho coletivo sempre são maiores do que aparentam ser, Sônia descreve o sentimento de participar do projeto: “Estamos aqui para servir a comunidade”.

Por: Thiago Calixto Melo

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