segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Ciência e tecnologia

Internautas ou "Facenautas"
Pesquisa revela que Brasil mantem-se líder no uso de redes sociais; Facebook lidera preferência com o maior número de usuários

Facebook tem 31 milhões de perfis inscritos
O uso da internet é algo cada vez mais popular entre os brasileiros e principalmente entre os jovens. De acordo com um estudo divulgado pelo Ibope, estima-se que o Brasil conta hoje com 78 milhões de usuários da internet, sendo que deste total 87% utilizam das redes sociais. Dentre as mais populares, o Facebook hoje é a principal delas com 31 milhões de perfis inscritos, de um total de mais de 400 milhões de usuários. O Orkut segue em segundo lugar com 29 milhões de usuários; e o Twitter, o menos popular dos três, possui 14,2 milhões de pessoas no microblog.

A pesquisa apontou que os brasileiros são os que mais passam horas conectados à mídias sociais: cerca sete horas diárias. E não é somente através de computadores - com a popularização da tecnologia dos celulares é cada vez mais comum encontrar alguém "twittando" durante uma viagem de metrô, por exemplo. Pelo tempo conectado, o Brasil hoje lidera o ranking de utilização da internet para sites desse tipo ficando à frente de países como os Estados Unidos e o Japão.
 
Internet e o rendimento acadêmico

Atualmente 96% das pessoas da chamada geração Y (nascidos após 1980) utilizam as redes sociais (de acordo com o instituto Manpower Inc. New York). Isso representa a maioria dos estudantes em nosso tempo. Estudos do ano de 2010 publicados na revista científica Computes in Human Behavior, realizados pelo professor Paul Kirschner, da Open University na Holanda, comprovam o que boa parte dos profissionais de educação já percebem como realidade. O estudo identifica o efeito da multitarefa, o estudante utiliza as redes sociais enquanto faz atividades acadêmicas e por repetidas vezes acessa os sites com o intuito de acompanhar suas atualizações.

Pedro Alves. Foto: Cristiane Damacena

Instituições acadêmicas como também diversas empresas usam de mecanismos de TI da informação para bloquear o acesso as essas páginas em seus laboratórios de informática. Pedro Alves, 23 anos, acadêmico de publicidade considera "um absurdo ter que pedir para a faculdade para acessar o Orkut, Twitter ou Facebook. Nós estudantes de comunicação precisamos desse tipo de ferramenta. Bloquear o acesso não adianta nada pois uma colega me ensinou um atalho para o acesso." O estudante está inscrito nas principais mídias sociais e durante os estudos tem o hábito de não abrir seus perfis nas páginas de relacionamento.

Kamila Scarpele. Foto: Cristiane Damacena.

A estudante de publicidade Kamila Scarpele, 20 anos, é uma exceção em sua geração, pois não possui cadastro em nenhuma mídia social, mas acredita que "a faculdade não devia bloquear o acesso para quem quer mexer na internet. Eu não me interesso por mídias sociais, pra mim tanto faz. Sobre questão de estudar vejo que atrapalha sim, pois se tiver com uma página que me distraia eu não consigo estudar."

Por: Cristiane Damacena

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