segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Economia

Greves atrapalham vida dos brasileiros
Greve dos Correios e dos Bancários paralisam e causam transtornos à população

Duas greves em serviços essenciais nos últimos 30 dias atrapalharam e muito a vida dos brasileiros. As greves dos trabalhadores da Empresa de Correios de Telégrafos (ECT) e dos Bancários deixaram muitos problemas sem solução para a população. Problemas esses que se completam: contas que não chegam e agências que não abrem para a quitação das dívidas. Os serviços de entrega rápida dos Correios (Sedex Hoje, Sedex 10 e Disque Coleta) ficaram suspensos temporariamente por causa da greve. Muitas encomendas e boletos bancários não chegaram na data prevista, causando aborrecimentos.

Silvânia não consegue ser atendida na 
agência do Banco do Brasil na 
116 Norte.  Foto: Ivo de Sousa Lima

A estudante de jornalismo Kelly Amaro teve transtornos para receber o salário do estágio. Ela recebe em cheque e não conseguiu resgatar o valor. Segundo Kelly, a espera chegou a quase 15 dias para receber o valor depositado em outra conta devido à greve. “Dependia do dinheiro. Estou endividada, as contas atrasaram porque não tinha dinheiro nos dias para quita-las”, informou Kelly.

Já a enfermeira Silvânia da Silva Fernandes relata que está com as contas atrasadas por causa de um problema na senha de acesso ao caixa eletrônico. A senha dela foi bloqueada e o problema agora é que ela não consegue ser atendida em uma agência e, dessa forma, não tem acesso a uma nova senha. “A greve está me atrapalhando muito. Não consigo pagar as minhas contas, não consigo sacar dinheiro. Não posso pagar porque as contas não chegam”, desabafou.


Robson Expedito da Silva, motorista, disse que entende a greve, mas reclama que o movimento está causando prejuízo à população. “Acho que cada um tem os seus direitos, mas eles [bancários] precisam olhar para a população”, declarou.

Entenda os casos

Greve nos Correios durou 30 dias. Foto: Agência Brasil
Os bancários entraram em greve no dia 27 de setembro, depois de rejeitarem proposta de reajuste de 8% feita pela Federação Nacional dos Bancos (FENABAN) na quinta rodada de negociações, que significa apenas 0,56% de aumento real.

Além disso, a categoria reivindica isonomia de direitos, jornada de 6 horas para todos, recuperação das perdas salariais acumuladas, mais contratações, combate ao assédio moral, segurança, melhores condições de trabalho e atendimento digno para os clientes.

Nesta segunda-feira, os funcionários dos bancos privados aceitaram a proposta dos patrões e decidiram retornar ao serviço.

Já os trabalhadores dos Correios entraram em greve no dia 14 de setembro. Os funcionários queriam reajuste salarial de 7,16% , referentes à inflação, reajuste do vale-refeição e do vale-alimentação e aumento real de R$ 400. Além disso, querem que o piso salarial, que hoje é R$ 807, passe para R$ 1.635. Como não houve acordo entre governo e trabalhadores em encontros ocorridos durante a paralisação, a decisão a respeito do assunto ficou a cargo do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que ordenou que os trabalhadores da Empresa de Correiros e Telégrafos (ECT) a encerrarem a greve, o que ocorreu na última quinta-feira (13).

Por: Ivo de Sousa

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