Sala Escura da Tortura
Conhecer os erros do passado para evitar que se repitam no futuro
A Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, por meio do projeto Marcas da Memória, realiza a exposição Sala Escura da Tortura, que vai até o dia 20 de novembro no Museu da República. A exposição é parte de uma parceria entre a Secretaria de Cultura do Distrito Federal, a Universidade de Brasília (UNB) e a Câmara dos Deputados.
As sete telas que compõem a exposição foram inspiradas no relato de Frei Tito, preso 1969 pelo regime militar e sofreu tortura por trinta dias seguidos. Os quadros foram pintados na França a óleo pelos artistas Julio Le Parc (argentino), Gontran Guanaes Netto (brasileiro), Alejandro Marcos (espanhol) e José Gamarra (uruguaio) e mostram
como eram realizadas as torturas durante a Ditadura Militar. A mostra foi criada para denunciar as arbitrariedades cometidas contra presos políticos na América Latina.As obras de arte pertencem ao acervo do Instituto Frei Tito de Alencar e foi apresentada pela primeira vez em 1973 pelo Museu de Arte Moderna de Paris. “O objetivo da exposição é que as pessoa possam por meio das artes plásticas se sensibilizar em torno da repulsa a tortura, para que isso seja combatido,”disse Paulo Abrão, presidente da Comissão de Anistia. A tortura aconteceu e o mais grave ainda acontece em vários lugares, e é dever da Comissão de Anistia fazer com que esta parte triste da história que foi o golpe militar não seja esquecida, garantindo direito à verdade para todos os envolvidos e mortos por este sistema cruel e ditatorial, para que jamais se repita. A exposição tem também como prioridade homenagear a memória de Frei Tito, referencial de luta e resistência em favor dos injustiçados, que buscou sensibilizar as pessoas a um mundo melhor.
Por: Stephanie Rodrigues.
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